domingo, 12 de setembro de 2010

Sonho surrealista

Eu adormeci.Tive um sonho em que a trilha sonora era feita por um cavaquinho.
Sambas pulavam junto com cavalos coloridos.Subconscientemente, pensei em surrealismo e todas as telas mais loucas e doentias já pintadas apareceram no meu sonho.Como se vivas, as imagens se movimentavam, falavam, tinham vontade própria .
Real, irreal...ilusão.
Eu mesma já não sei o caminho tomado pelos contornos dessas imagens.Era a minha vida transformada.Tão sem graça os dias e tão bonitas as noites, mesmo que sonhadas.
Estava bem frio.Estava prestes a acordar, alguem sentou do meu lado.Não adiantou muito sobre o frio, mas inseriu um novo personagem na paisagem surrealista:um grande robô destruidor.E impiedosamente destruia e colocava um novo brilho na imagem, as cinzas voando.Ele jogou tinta preta sobre as telas e então não me lembro de mais nada.
Acordei.O cavaquinho adormecera.Meu samba acabou.Desci do onibus.
A rua estava mais fria ainda.Os olhos meio presos, o andar ainda tonto.E tenho sobrevivido assim.Fico aérea as vezes, digerindo as informações, escapando para o paraiso surrealista.
Os dias tem passado tão devagar agora que a vida só tem brilho de cinza.Vamos levando.

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