domingo, 13 de fevereiro de 2011

Oh you look so beautiful, tonight!



Pode parecer desinteressante agora, mas os videos dessa semana fazem muito sentido pelo momento de escolha pessoal.
Estou desligando o vicio doloroso da teimosia e insistencia em algo sem sentido.E ligando um novo momento em que mais valoroso do que conquistar, é ser conquistada.
Já pararam pra pensar nisso? Ao inves de tocar, ser tocado? Deixar que as pessoas cheguem. Deixar que as coisas aconteçam ao inves de forçá-las a acontecer.Vamos ser agentes sofredores da ação.
"Quanto mais eu ando, menos eu sei."

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Que bom...

"Hoje é o tempo preu ficar devagarinho
com as coisas que eu gosto e
que eu sei que são efêmeras
e que passam perecíveis
e acabam, se despedem,
mas eu nunca me esqueço.

Vou ficar mais um pouquinho
Para ver se eu aprendo alguma coisa
nessa parte do caminho."

Efemera - Tulipa Ruiz

Acho que é mais do que trilha, pra dizer que um colo,um beijo, um carinho são efemeros...Mas que bom, que bom mesmo que eu os tive.Que bom que você estava lá.Que bom que você foi me encontrar, que me esperou e que me ouviu.

Que bom que existem outras pessoas, outros sentimentos, outros momentos, que bom que o pôr-do-sol a gente não viu. Que bom que à noite a brisa é fresca, que a pedra estava lá e que a gente usufruiu.

Que bom que as coisas passam, mas que a lembrança permanece.Que bom que ficou intacto, que a gente vive num quadro, que não ficou decepção. Que bom que 'a gente' existiu e que sentimos a maresia do Arpoador.Que bom.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Escher



Andei sozinha na galeria. Pensei o quanto as coisas estavam fora de acordo. No quão eu estive errada por todo esse tempo, sobre os mal-entendidos da vida, sobre os relacionamentos, sobre as pessoas, sobre o amor... A arte me mostrava muitas respostas e fiquei até satisfeita em saber que aquilo me afetava, que eu era sensível ao estimulo que outrora não passava de um quadro ou de uma instalação. Uma reconstrução do mundo. Uma nova organização. Novas visões.

Uma realidade impossível (ou possível dentro de uma perspectiva diferente?). Um envolto aonde as coisas se misturam e você não tem mais certeza sobre o que é o que. E durante a repetição indefinida a gente acaba se perdendo na transgressora falta de limites entre uma coisa e outra: um painel de anjos e demônios. Como seria possível que nos pedissem algum discernimento nessa vida, quando esse mundo e os sentidos de estar nele são tão confusos e tão misturados a tantas outras coisas? Não existe pureza absoluta nas respostas. Era esperar muito de meros mortais.
Então, os espelhos e jogos ópticos me tiraram da solidão. Eu estava em minha companhia, estava aprendendo a viver comigo, começando a me firmar, sem apoios, sem esteios. Eu não preciso tanto dessa ajuda, mas quero!Desejo que possam vir ao meu auxilio e... No entanto, ninguém vem. Apenas o meu reflexo. Não é decepcionante, pois com alguma experiência aprendi que em mim não há uma gravidade demasiada que não sejam os defeitos mais comuns. Desta vez é o mundo apresenta alguma surdez aos meus gritos.
As imagens, algumas tão bem delineadas,tão palpáveis. A textura, cor. O trabalho. Tudo ali soava como um ponto em comum da maneira como eu me sentia. Não como uma natureza morta, e sim como um painel sem grandes delimitações. E vi que era bom, apesar de ser solitário.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Carta do Amarantes

Meu amor,

Hoje descobri que não tenho nada a oferecer a ti. Estive repensando a minha insignificância neste universo e notei que minha presença sequer pode mudar o seu dia. As pessoas mais desinteressantes me vêem com alguma graça, o que me denota alguma falta de talento meu, mas que não é relevante até então.
Não conheço nada da Bahia, não sei tirar fotos, não sei falar francês, não sei dirigir, não sei cantar bem, não tenho dinheiro, não sei explicar com clareza sobre as coisas do mundo que você já sabe muito antes de mim.
Desconfio da minha falta de luxo e de qualidades por conta da pouca idade, mesmo assim insisto em achar que aos trinta vou ser tão sem indulto quanto sou hoje. Nem sei se posso te encontrar um dia na rua e dizer com todas as letras o que digo aqui, mas espero que o que eu contar sobre mim tenha algum valor em seu julgamento.
Sobre mim, posso dizer que tenho olhos vivos e curiosos, tenho o humor de uma criança e as vezes sou tão tímido quanto uma. Sei sobre átomos e tenho uma noção de física, penso que talvez a ciência me ajude a entender essa vida tanto quanto poesias e a história dos dinossauros. Sou ambicioso e almejo crescer na vida, embora não tenha chegado aos 1,60m de altura. Tenho uma fonte de alegria quase inesgotável e sofro de hiperatividade, em alguns momentos isso pode ser um desconcerto irritante, até eu concordo com isso. Tenho déficit de atenção, então, por favor, não me leve a mal se alguma vez eu perder o foco durante a conversa. Ao menos podes contar com a minha indiscutível boa memória, assim nunca irá decepcionar-se em datas importantes.

É bem verdade que minha vida pessoal é mais parada do que uma estátua viva.Apenas sei que tenho uma família, um lugar pra onde voltar, mas tudo anda mais inerte e solitário do que nunca...

De qualquer modo, não possuo nada palpável. Nenhum vestígio que possa insinuar um futuro entre nós. Tenho-lhe admiração, entretanto, não me sinto bom o suficiente para a tarefa de te fazer feliz. Pode parecer moribundo de minha parte afirmar isso, no entanto, pense comigo: você não pode trocar o que já conquistou por algo que não tem garantia alguma. Então deixo assim, claro que me interesso com todo gosto por sua pessoa, mas me sinto inseguro e inapto para me intrometer na sua vida. Espero sinceramente, que esse quadro mude nos próximos anos para que assim eu possa ter um envolvimento com você. Por hora, deixarei que minha sempre saudável imaginação tome conta de todo resto.

Sem mais,

Amarantes de Tudor

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dobre os joelhos: humildade

Uma vez alguém me disse:

"Você jamais vai conseguir ver a realidade com seus olhos sujos, cheios de julgamentos ao seu próprio favor.Você sempre vai ser a vitima, você vai estar sempre certa."

Depois de um certo tempo entendi.Eis que não posso arrancar meus olhos defeituosos, mas posso ser humilde e pedir a sua opinião, sua ajuda, seus olhos.

Por que será que a gente demora a ver que tá fazendo tudo errado? Porque a gente não quer pedir ajuda a ninguém.