domingo, 11 de julho de 2010

Desligando (não completamente) o vício da racionalidade

Se um nó na garganta me aflige com dureza, quem sabe chorar nao me faria bem?
Esse choro é engolido, porque eu escondo essa sensibilidade como se ela fosse um defeito.E pensar que eu valorizo tanto a sensibilidade dos outros...houve um tempo que eu aprendi que a racionalidade deveria me levar a todos os lugares.
A falta de auto-permissão aumenta esse envolto preso e regurgitado dentro do meu pescoço, impedindo-me de respirar e desse modo me sufocando mais uma vez com a minha secura pessoal.
Eu estou perdendo o controle.Perdendo o controle da racionalidade e me deixando ser controlada pelo meu emocional.Talvez com todas as inseguranças e receios que uma pessoa pode ter sobre isso.E quisera eu me abater.Não, de maneira alguma me abato.Estou surpresa com minha própria escolha e mais ainda com minha reação tão emotiva em querer soltar esse choro de libertação.
Eu sou feliz, eu estou feliz, eu estou crescendo e estou mudando. Meu destino está assinando em baixo dos meus desejos tudo que eu pedi e sonhei para minha liberdade vital e prodigiosamente jovem.
O racionalismo me trouxe aqui e o emocional está destruindo grande parte do que sempre acreditei sobre as coisas.Refluxo de ideias.Estou vomitando tudo que tive que engolir pra ser quem sou.
Não quero mais o lirismo comedido, quero ser louca e apaixonada por tudo.
Não quero ter que pensar quantos passos eu vou dar, quero ver a maré me levar longe.
Sou filha do vento, do trovão, sou amavel e hostil.Torço o nariz para o que eu nao quero, faço o que acho que é certo. Em minhas mãos sempre carreguei a minha justiça.
Hoje, particularmente, estou me aceitando enquanto alguém que de forma alguma vai abandonar a racionalidade - uma vez que ela faz parte da minha essencia - mas que está consumida e completa de sentimentos.
Não sou mais uma pedra.Eu agora me chamo amor.

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