sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Longo tempo

Há tanto tempo não me refugio dos vícios. Tanto tempo que fiquei tomada por eles: tive medo, dúvidas, desejos, faltas e excessos imperdoáveis. Não escrevi nem sequer tive coragem de buscar algo sincero para criticar em mim mesma e que pudesse ser dividido.

Fui buscar minha inspiração no carnaval. Passei por foliões, arlequins, piratas, princesas e piranhas. Eu ri e dancei com a minha sobriedade. Amei ver o paraíso dos pecados na própria festa divinamente carnal e simplesmente participar de forma imparcial, bem como um estranho numa foto entre amigos. Estive acompanhada e só. Fantasiei, em mim mesma, coisas que não tem o poder de acontecer e reaprendi a velha lição de não ir com tanta sede ao pote.

Ainda sozinha. Entre a cruz e a espada. Numa roda libertina, me joguei. Mas já dizia a minha velha amiga Cindy Lauper “papai você ainda é o #1, mas meninas só querem se divertir.”. Sim. D I V E R S Ã O. Num simples desejo de libertar. Assim como uma borboleta jovem eu sempre tenho dificuldades para sair do casulo e voar com minhas próprias asas. Uma vergonha que não se explica, mora no meio de uma extrovertida jovem de 18 anos e cabelos loiros oxigenados.

Ainda acho engraçado e planejo pros próximos anos, ser mais do que uma insegura e um pouco menos do que uma diva. Pretender ser alguém que possa simplesmente amar a si própria e não temer essa sina aparente chamada interlocutor (es).Ser eloqüente, segura, bonita, me amar, ter um emprego.Mas que besteira!

Não temos qualquer outra obrigação nesta vida além de ser feliz. O resto? A convenção faz por nós. Tome a sua cachaça, vá a praia, faça o que gosta. Depois apareça aqui para a gente conversar, mas não pra falar de coisa seria. Vamos jogar o papo pro ar e dividir essa euforia de se fazer o que bem entende e ainda respeitar as vontades que não são nossas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que achou?